LEI COMPLEMENTAR Nº 75, DE 10 DE JUNHO DE 2019

 

Institui o Programa de Recuperação Fiscal (REFIS) concedendo anistia, em caráter geral, de penalidades moratórias relativas aos créditos tributários e não tributários municipais, e dá outras providências.

 

Autor: Órgão Executivo.

 

JOSÉ PEREIRA DE AGUILAR JUNIOR, PREFEITO DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE CARAGUATATUBA, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, faz saber, que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei Complementar:

 

Art. 1º Fica instituído o Programa de Recuperação Fiscal (REFIS), nos termos desta Lei Complementar.

 

Art. 2º Na forma do art. 56, inciso II, da Lei Complementar nº 01, de 12 de dezembro de 1997, Código Tributário Municipal, todos os créditos tributários ou não tributários do Município, vencidos até 31 de dezembro de 2018, inscritos ou não em dívida ativa, ajuizados ou não, serão dispensados da incidência das penalidades moratórias de multa moratória e juros de mora, nos termos do artigo 4º desta Lei Complementar.

 

§ 1º O benefício de que trata o “caput” será extensivo aos contribuintes com parcelamentos pendentes e ainda não liquidados, desde que efetuem o pagamento do saldo devedor e eventuais custas, despesas processuais e honorários advocatícios nas condições estabelecidas na presente Lei, considerando-se as parcelas já pagas como quitação parcial, sem direito a qualquer restituição.

 

§ 2º O benefício concedido em decorrência desta lei, também alcançará todos os contribuintes que estiverem em débito com a Fazenda Municipal, relativamente aos créditos relacionados, incluindo a negociação feita em período anterior à vigência desta lei e que não foram quitados, bem como dos que estejam inscritos na dívida ativa ou executados judicialmente.

 

Art. 3º Não será concedida, em hipótese alguma, redução ou desconto sobre o valor principal e sua respectiva atualização.

 

Art. 4º O benefício será concedido mediante requerimento do interessado, isento de taxas e emolumentos, da seguinte forma:

 

I - dispensa de 100% (cem por cento) do valor de juros de mora e multa moratória, para pagamento do débito à vista;

 

II - dispensa de 80% (oitenta por cento) do valor de juros de mora e multa moratória, se o pagamento for feito em até 03 (três) parcelas mensais e consecutivas de igual valor;

 

III - dispensa de 70% (setenta por cento) do valor de juros de mora e multa moratória, se o pagamento for feito em até 06 (seis) parcelas mensais e consecutivas de igual valor.

 

§ 1º Os honorários advocatícios sucumbenciais, devidos em razão dos débitos ajuizados, no valor correspondente a 10% (dez por cento) do montante executado ou definido judicialmente, serão pagos integralmente, sem qualquer desconto, da seguinte forma:

 

I – à vista, na hipótese de o contribuinte optar pelo pagamento na forma do inciso I do art. 4º, caput, desta lei;

 

II - em 03 (três) vezes, na hipótese de o contribuinte optar pelo pagamento parcelado, na forma dos incisos II ou III do art. 4º, caput, desta lei.

 

§ 2º As custas do Estado e despesas processuais deverão ser recolhidas em guias próprias à vista em qualquer das hipóteses dos incisos I a III do art. 4º, caput, desta lei.

 

§ 3º Em qualquer modalidade de parcelamento, a parcela nunca poderá ser inferior a 10 (dez) VRM – Valor de Referência do Município.

 

Art. 5º A falta de pagamento de 03 (três) parcelas, consecutivas ou não, nos prazos fixados ou atraso superior a 03 (três) meses, importará na caducidade e cancelamento do benefício e da dispensa das penalidades moratórias, voltando a incidir sobre o débito as consequências da mora.

 

§ 1º Caso o contribuinte opte por parcelar os honorários advocatícios, nas hipóteses dos incisos II e III do artigo 4º, caput desta lei, o não pagamento ou atraso nas parcelas em período superior a 30 dias implicará na caducidade e cancelamento do benefício e da dispensa das penalidades moratórias, voltando a incidir sobre o débito as consequências da mora.

 

§ 2º Havendo parcelas pagas o requerente deverá solicitar a compensação dos valores pagos perante a Seção de Protocolo.

 

Art. 6º Os casos omissos serão decididos pela Secretaria Municipal da Fazenda.

 

Art. 7º Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua publicação, sendo os seus benefícios concedidos para o período de 01 de agosto de 2019 a 30 de agosto de 2019, podendo esse prazo ser prorrogado por Decreto do Executivo, uma única vez,  revogadas as disposições em contrário.

 

Caraguatatuba, 10 de junho de 2019.

  

JOSÉ PEREIRA DE AGUILAR JUNIOR

Prefeito Municipal

 

Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Caraguatatuba.