DECRETO Nº 1, DE 03 DE JANEIRO DE 2012

 

Aprova O Plano Municipal Plurianual de Desenvolvimento Sustentável Rural e da Pesca

 

ANTONIO CARLOS DA SILVA, Prefeito Municipal de Estância Balneária de Caraguatatuba, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei e,

 

Considerando as providências adotadas pela Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca, juntamente com o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e da Pesca na elaboração da proposta do Plano Municipal Plurianual de Desenvolvimento Sustentável Rural e da Pesca;

 

Considerando manifestação da Secretaria de Assuntos Jurídicos constante das fls. 32/33, dos autos do Processo Interno n. 19663-1/2010,

 

DECRETA:

 

Artigo 1º Fica aprovado o Plano Municipal Plurianual de Desenvolvimento Sustentável Rural e da Pesca, parte integrante do presente Decreto.

 

Artigo 2º Fica a Secretaria de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca responsável pelo acompanhamento e adoção das providências necessárias para consecução dos objetivos e metas definidas no Plano aprovado por este Decreto.

 

Artigo 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

 

Caraguatatuba, 03 de janeiro de 2012.

 

ANTONIO CARLOS DA SILVA

Prefeito Municipal

 

Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Caraguatatuba.

 

PLANO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL

 

Prefeitura Municipal de Caraguatatuba

 

Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e da Pesca de Caraguatatuba

Casa da Agricultura de Caraguatatuba

Escritório de Desenvolvimento Rural Pindamonhangaba

 

Período de vigência: 2010 a 2013

 

Apresentação

O presente Plano foi estruturado com a participação de integrantes das organizações representativas da pesca artesanal (Colônia de Pescadores Z8 Benjamin Constant de Caraguatatuba, Associação de Pescadores da Praia do Camaroeiro, Associação dos Pescadores Artesanais da Zona Sul de Caraguatatuba) da maricultura (Associação dos Maricultores da Praia da Cocanha), agricultura (Associação dos Produtores Rurais do Litoral Norte), trabalhadores rurais (Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Ubatuba e Litoral Norte), representantes do Poder Público Municipal (Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca), representantes da Poder Público Estadual (Casa de Agricultura de Caraguatatuba/CATI-SA) e membros integrantes do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e da Pesca de Caraguatatuba.

Trata-se de um primeiro Plano de Desenvolvimento Rural e da Pesca coordenado pelo técnico representante da CATI no município e chefe da Casa de Agricultura de Caraguatatuba elaborado, conjuntamente, por representantes das organizações representativas do segmento pesca artesanal, maricultura, agricultura, trabalhadores rurais e órgãos públicos, municipal e estadual, que atuam nessa área.

A elaboração do Plano era uma necessidade já identificada pelos representantes dessas organizações, representadas no referido Conselho Municipal, instituído em 1995.

Não obstante a inexistência de um Plano, sistematizado e organizado em um modelo, essas organizações e órgãos, representados no Conselho, têm no mesmo um espaço de discussão e encaminhamentos referentes suas demandas especificas e/ou comuns.

A sistematização das ações já em desenvolvimento, a definição de novas ações, com vistas à elaboração de um Plano, possibilitará uma atuação mais efetiva dos atores diretamente envolvidos: sociedade civil organizada, poder público estadual e municipal.

 

 

1. Identificação e Caracterização do Município

1.1 Histórico

Historicamente a região hoje denominada Caraguatatuba era ocupada pelos índios guerumimis ou maramomis do grupo tapuia e consta de carta geográfica do século XVI com a denominação de enseada dos Guerumimis. Não há precisão quanto á data de fundação de um povoado no local, mas por documentos de época acredita-se que foi entre 1653 e 1654.

A igreja, já existente, foi construída sob invocação de Sto. Antonio, responsável mais tarde pelo nome do povoado.

Por fazer parte da Capitânia de São Paulo o então governador ordenou que no local fossem juntados os moradores, se procedesse ao arruamento, à construção da casa de Câmara, da cadeia e outros edifícios públicos necessários para o seu desenvolvimento. Em 27 de outubro foi fundado o povoado inicial, chamado Sto. Antonio de Caraguatatuba.

Caraguatatuba é vocábulo indígena que, segundo Silveira Bueno, significa "lugar de muitos caraguatás", ou seja, caraguatal, caraguatazal. Do tupi caraguatá: caraguatá; e tuba: abundância, grande quantidade.

No entanto o povoado não prosperou e até 1807 era conhecido como “a vila que desertou”.

Nos 40 anos seguintes o povoado progrediu e foi elevado à categoria de freguesia em março de 1847 com o nome ainda de Santo Antonio de Caraguatatuba, passando à categoria de Vila em 1857. Em 1947 foi elevado à categoria de municipio e no mesmo ano à Estância Balneária.

(Nos finais do séc. XVIII e inicio do séc. XIX) todo o Litoral Norte experimentou uma curta, mas forte predominância, de monoculturas extensivas, primeiro da cana e, em seguida do café. As características de ordem geográfica e morfológica da região, além de questões ligadas ao transporte e à comercialização da produção limitaram a expansão e permanência da cultura de cana e do café, fazendo com que essas culturas fossem deslocadas para regiões planas e contínuas do Estado.

Um dos marcos na história de desenvolvimento do municipio se deu no inicio do século XX, quando foi instalada a Fazenda dos Ingleses – uma das três maiores do gênero na América do Sul. - especializada na produção de cítricos, banana e outras frutas. Essa Propriedade prosperou por quase 20 (vinte anos) com decadência paulatina após os anos 60.

A instalação da Fazenda veio dinamizar a economia do municipio, aumentando postos de trabalho, ampliando meios de comunicação e intensificando o processo de urbanização bem como influenciando a vida social da cidade.

Um outro marco histórico foi a ocorrência, em 1967, da tromba d'água que começou com queda de barreiras e interrompeu todo o acesso pelas estradas litorâneas. O trabalho de recuperação da economia, da arquitetura, das vias de comunicação exigiram um longo e árduo trabalho dos moradores.

Vencidas as dificuldades a cidade progrediu de forma acelerada ultrapassando os municípios vizinhos em termos comerciais e densidade demográfica.

 Esse intenso crescimento do municipio deveu-se, essencialmente, à abertura da Rodovia dos Tamoios - iniciada em 1939, pavimentada em 1957 e concluída em 1970 - que ligou através de Caraguatatuba as cidades do Litoral Norte aos centros mais desenvolvidos e populosos do Estado.

1.2 Dados Geográficos:

 

Mapa do Estado com localização do município (anexo 1)

 

Latitude: 23º 37' 13"

 

Longitude: 45º 24'  47"

 

Altitude: 2 m

 

Área total do município: 483 7 Km² (Fonte: IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

 

Área rural: 350 hectares

(Fonte: Secretaria de Agricultura. CATI/IEA. Levantamento Subjetivo. SP, 2003, site www.iea.br)

 

Área urbana: 133.95 hectares (Fonte: Secretaria de Agricultura. CATI/IEA. Levantamento Subjetivo. SP, 2003, site www.iea.br)

 

 

População

População total

População urbana

População rural

Densidade demográfica

91 397

85.105

3.710

162,6 hab./km2

Fonte: IBGE – Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

 

Clima: tropical úmido

 

Relevo: planície Litorânea

 

Tipo de solos

A forma de ocupação do solo de Caraguatatuba é determinada pelo tipo: existência de suscetibilidade a processos erosivos naturais vinculados às características da rocha, à forma do relevo e das encostas, às diferenças de altitude, declividade e tamanho dos divisores de águas além da influencia de grande quantidade de chuvas.

Nas planícies costeiras os processos erosivos predominantes estão relacionados com o desmonte das margens dos rios

Na orla marítima a erosão costeira é causada por fenômenos naturais (elevação atual do nível relativo do mar, dinâmica de circulação costeira, dinâmica da formação das praias).

A suscetibilidade natural aos processos erosivos é agravada mais ainda pelas atividades humanas que modificam as características do terreno. As causas estão relacionadas à ocupação da orla e das praias, destruição de dunas, retirada de areia de praias, construção de obras de engenharia na linha da costa e extração de areias dos rios.

A área agriculturável do Litoral Norte é representada pelas baixadas, sertões e planícies litorâneas. Do total de 197.700 ha. do território do Litoral Norte, por volta de 6.300 ha. são ocupados com atividades agrícolas, correspondendo, aproximadamente a 3 % do contingente total das terras existentes na região.

Segundo estimativas oficiais, foram utilizadas durante o ano de 2003, 2589 ha de terras do Litoral Norte em atividades agrícolas, das quais 1.165 ha. estão no municipio de Ilhabela, 605 ha. em São Sebastião, 450 há em Ubatuba e 349 ha. em Caraguatatuba.

Em Caraguatatuba fica localizada a expressão territorial mais importante do litoral Norte no que diz respeito à agricultura conhecida como Baixada do Juqueriquerê, embora mereçam citação as baixadas de Massaguacú, Mococa e Tabatinga.

 

Pluviometria: 2 600 mm

 

Temperatura: média de 21,2º

Máxima

Mínima

Média

26,8 °

17,0º

21,2 º

 

 

Hidrografia

O Litoral Norte está enquadrado na divisão hidrográfica da vertente marítima, que se subdivide em duas UGRHIs: UGRHI 3 – Litoral Norte e UGRHI 7 – Baixada Santista.

No total da UGRHIs - 3 e 7 - foram encontradas 34 sub bacias sendo 26 continentais e 08 insulares.

A UGRHI 3 - Litoral Norte - não é definida por um rio principal e seus tributários, mas por inúmeras drenagens que partem das áreas mais elevadas da Serra do Mar em direção ao Oceano Atlântico. São formadas por sub bacias de pequena extensão espacial, porém de grande energia, quando considerada a topografia do Litoral Norte.

 A maior e menor das sub bacias localizam-se na área continental: a bacia do Juqueriquerê é a maior delas e drena uma área de 419,8 Km², sendo 341,6º no municipio de Caraguatatuba.

Os inúmeros rios que a formam parte do planalto do Juqueriquerê, originando, na planície adjacente o Rio Juqueriquerê, o maior da região.

Riso/afluentes (continental)

Rio Tabatinga (16,6 Km ² em Caraguatatuba)

Rio Mococa

Rio Massaguaçú e Córrego Jacuí

Rio Guaxinduba

Rio Sto. Antonio

Rio Juqueriquerê (341, 6 Km ² em Caraguatatuba).

 

Bacia Hidrográfica: UGRHI 3

 

Malha viária municipal

 

As estradas que ligam o Litoral Norte aos grandes centros urbanos emissores de turismo vêm se ampliando significativamente desde os anos 60 - 70. Inicialmente se fizeram em direção ao municipio de Caraguatatuba por onde se atingia São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba.

O Litoral Norte é servido, atualmente, por múltiplas vias de acesso: complexo de rodovias Carvalho Pinto e Airton Senna, Rodovia dos Tamoios, Rio - Santos (costa caiçara).

Entre São Sebastião e Caraguatatuba - Rodovia Rio Santos - o transito local é intenso nos 28 km que atravessa as duas cidades.

Em bairros mais afastados da área central e, especificamente, na área rural, as estradas não são pavimentadas. Especificamente na baixada do Juqueriquerê - bairro do Rio Claro e adjacências - onde se concentram o maior número de propriedades rurais, as estradas apresentam essas mesmas condições, agravadas durante a época de chuvas quando tornam - se praticamente intransitáveis.

 

Mapa da malha viária (anexo 2)

 

1.3 Dados Socioculturais

Em Caraguatatuba fica localizada a expressão territorial mais importante do Litoral Norte, no que diz respeito à agricultura, conhecida como baixada do Juqueriquerê, embora mereçam citação as baixadas de Massaguaçú, Mococa e Tabatinga.

No século XVIII, XIX e XX Caraguatatuba apresentou um ciclo de desenvolvimento significativo impulsionado pelo café e cana de açúcar.

De acordo com informações do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria de Agricultura do Estado o principal produtor de cana na região foi, na época, Caraguatatuba.

Após esse período as culturas agrícolas perderam sua importância e passaram a ser realizadas, predominante, como atividades de subsistência.

Destacam-se entre os produtos agrícolas da região a cultura da banana, mandioca e da cana de açúcar que desempenham importante papel na subsistência caiçara.

Em período mais recente outras culturas incluíram-se entre as atividades agrícolas desenvolvidas no Litoral Norte, como a cultura da pimenta, as hortaliças, os legumes, as plantas ornamentais e frutíferas, o gengibre

A atividade pecuária não tem, no geral, significado expressivo na região.

Ainda segundo dados estatísticos do IEA as áreas destinadas ao cultivo de pastos para criação de gado bovino somam uma totalidade 3.278 ha, representando 1,7% do território do Litoral Norte.

Além de pastos cultivados existem áreas de pastagens naturais, difíceis de serem contabilizadas. Do total de pastos cultivados 3000 ha estão em Caraguatatuba.

Caraguatatuba desponta como o centro pecuarista nos anos 90 quando o grupo Peterson Soares Penido adquiriu a antiga Fazenda dos Ingleses e fundou a empresa Serramar.  O plantel de Caraguatatuba soma 13.368 cabeças segundo dados da Defesa Agropecuária

A história tem demonstrado a falta de vocação da região para o desenvolvimento estável da agricultura em grande escala. As experiências do passado constituem-se experiências de sucesso pouco duradouras. Atualmente, além das restrições de ordem natural a região tem mais de 80% do seu território protegido por lei ambiental, o que acentua e institucionaliza os obstáculos ao desenvolvimento da lavoura extensiva no Litoral Norte.

Por outro lado a região conta com grande diversidade de culturas agrícolas baseadas em experiências de pequeno porte, que sobrevivem desde o período colonial, como as roças caiçaras, as frutíferas de fundo de quintal, as hortas e as plantações de espécies que foram sendo incorporadas ao longo do tempo pelos habitantes antigos e novos da região como o cultivo do palmito, plantas ornamentais e o gengibre.

Ao lado da agricultura a pesca artesanal constitui uma das formas tradicionais de sobrevivência de remanescentes das comunidades caiçaras no municipio As embarcações utilizadas na pesca artesanal são constituídas por pequenos barcos com motor a diesel ou a gasolina e canoas pequenas

 Apresenta baixa tecnologia, ausência de infraestrutura adequada e pouco retorno financeiro, embora contribua significativamente para a produção nacional de pescados marinhos Essa forma de pesca contribui para a sustentabilidade geral da atividade pesqueira, mas encontra-se em crise devido ao desaparecimento do recurso pesqueiro provocado pela ação predatória dos barcos profissionais que capturam iscas junto à orla marítima para a pesca industrial em alto mar e impactos ambientais diversos. A atividade é, hoje, realizada em geral, por pescadores que combinam a pesca com outras ocupações, principalmente com o turismo e construção civil. A maioria dos barcos é construída e reparada  nos inúmeros estaleiros de pequeno porte existentes na região, em especial os estaleiros do Porto Novo.

Outra cadeia produtiva que se destaca no municipio é a maricultura. Trata-se de uma atividade que remonta ao século XII e desde os anos 60, quando o Instituto de Biociência da USP realizou os primeiros estudos, vem se tornando uma importante fonte alternativa de suprimento alimentar economicamente viável no âmbito da produção familiar, praticada essencialmente em sistemas flutuantes. Em Caraguatatuba a referencia em maricultura é a Fazenda de Mexilhões da Praia da Cocanha implantada no ano 2000 com ótimo nível de produtividade e padrão de qualidade

 

População Rural

 

Segundo dados do IBGE - Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - a população rural está estimada 3.710 pessoas, caracterizadas, em sua maior parte, como agricultores familiares, distribuídos em unidades produção agrícola cuja maior concentração se encontra na baixada do rio Juqueriquerê, identificada como região do Rio Claro.

Entre os anos 60 e 70 ocorre uma inversão da população no Litoral Norte e, em especifico, em Caraguatatuba que deixa de ser predominantemente rural para ser predominantemente urbana.

Não foram encontrados registro de dados estatísticos que quantifiquem a população rural de Caraguatatuba por faixa etária, sexo e grupos étnicos.

No que se refere à pesca artesanal não existem comunidades tradicionais em Caraguatatuba, mas concentração de pescadores artesanais em determinadas áreas, remanescentes de comunidades tradicionais, a exemplo do Porto Novo - ao longo do Rio Juqueriquerê, Tabatinga, Praia da Mococa, Praia da Cocanha, Praia do Camaroeiro 

 

Acesso da População Rural a Serviços Básicos

Para apresentar os dados abaixo tomamos como referência a população rural concentrada na baixadas do Rio Juqueriquerê (Rio Claro e adjacências)

Em alguns itens apresentamos a situação da pesca artesanal e maricultura.

 

Assistência técnica e extensão rural:

A assistência técnica e extensão rural efetivam-se através da CATI-SA representada no municipio pela CA Caraguatatuba que conta com dois funcionários: um assistente agropecuário e um profissional de apoio administrativo. No que se refere á assistência técnica oferecida pela CATI a CA Caraguatatuba não dispõe de técnico especializado na área de agricultura em especifico (engenheiro agrônomo ou técnico agrícola). A assistência técnica à população rural tem se operado através de programa especifico - CATI Leite - e ações diversas de extensão rural de interesse de pescadores, maricultores e agricultores (palestras, cursos, oficinas com profissionais de dentro e fora da rede) com ênfase na sustentabilidade e geração de trabalho e renda, a exemplo de formação de grupos produtivos (plantas medicinais, artesanato com matéria prima natural, etc.), regularização da atividade econômica do produtor rural (NF. MEI, Plano de Negócios), assessoria na elaboração de projetos, que envolve pesca /agricultura e maricultura, para fins de obtenção de financiamento (PRONAF) e outros recursos, apoio à organização, fortalecimento e sustentabilidade das organizações de terceiro setor (associações e cooperativas).

A Defesa Agropecuária também está representada no município, funcionando também no espaço da Casa de Agricultura com 01 (um) médico veterinário que atua no sentido de garantir a sanidade dos rebanhos animais, em especifico, no que se refere ao controle de vacinação obrigatória e autorização de transito de animais. O técnico em questão atende todo o Litoral Norte e também o município de Paraibuna.

 

Crédito rural e microcrédito: pescadores artesanais, maricultores e agricultores têm acesso ao PRONAF - pesca/agricultura (BB), FEAP (Nossa Caixa), Proger (Secretaria do e Emprego e Relações do Trabalho), Banco do Povo Paulista.

O maior número de financiamentos é operado através do B.B (PRONAF) dado aos requisitos – mais viáveis – do Programa e à aproximação existente entre B.B, entidades representativas da pesca artesanal, maricultura e agricultura.

 

Educação: No que se refere ao ensino fundamental a população rural – na baixada do Juqueriquerê - faz uso da Escola Municipal do bairro do Travessão e Barranco Alto, distante em média 05 km da área de concentração das propriedades.

Há informações - de moradores locais - que uma escola municipal existente no bairro esta desativada.

As escolas de ensino médio e cursos profissionalizantes estão localizados no centro da cidade e no Bairro do Porto Novo.

 

Saúde: A população rural/local faz uso de equipamentos da rede pública de saúde, mais especificamente do Posto de Saúde do bairro Pirassununga (com atendimento de 02 vezes por semana) e Porto Novo.

 

Segurança: A responsabilidade pela segurança é da policia militar (patrulha rural)

Segundo informações dos moradores as baixadas do Juqueriquerê - Rio Claro e adjacências- são rota de fuga de ladrões (para Salesopólis), área de descarte/desmonte de carros roubados, seqüestros relâmpagos, assaltos, furtos diversos.

 

Transporte: Operada por empresa particular, três vezes por semana - segunda quarta e sextas feiras - no inicio da manhã e no término do período da tarde. È gratuito e não atende às reais necessidades da população local.

Nos demais dias a população faz uso – não autorizado oficialmente – do ônibus escolar que atende a área.

 

Saneamento: Segundo dados da operadora SABESP o esgoto sanitário atinge 36% da população de Caraguatatuba. O atendimento está concentrado no centro da cidade e adjacências e nas áreas mais centrais dos bairros. Na baixada do Juqueriquerê as propriedades não possuem rede de esgoto.

 

Coleta e destinação de resíduos sólidos: inexistente

           

Abastecimento de água: Segundo dados da operadora SABESP o índice de abastecimento de água em Caraguatatuba é de 88%. No entanto propriedades rurais da baixa do Juqueriquerê não são atendidas pela rede. Para abastecimento da propriedade servem-se de poço ou água dos canais.

 

Energia elétrica: Operada pela Empresa Bandeirante. Propriedades que estão localizadas mais para o interior da baixada do Juqueriquerê não são atendidas

 

Meios de Comunicação: Sistema de telefonia fixa operada pela Empresa Telefônica que não atende de forma satisfatória em número e qualidade.  Grande parte dos moradores locais utiliza-se do serviço de telefonia celular com dificuldades de sinal.

           

Cultura: Não existe manifestação cultural própria da comunidade rural/local e nem ações programadas que busquem valorizar a história e cultura local enquanto patrimônio dessas populações. O mesmo acontece na área da pesca/maricultura.

 

Lazer: Não existe espaço público destinado á atividades de lazer

As atividades são pontuais, organizadas por igrejas, templos. Para outras atividades a população se desloca para o Centro da cidade (shows, especificamente no período de temporada).

No âmbito da pesca artesanal e maricultura há três festas que constam do calendário de eventos da cidade - Festa do Mexilhão, Festa do Camarão e Festa da Tainha - e a comemoração do dia do pescador.

 

Organização Rural

A população rural está organizada e representada pela Associação de Produtores Rurais do Litoral Norte, constituída em 1988, com 30 associados e pelo Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Ubatuba e Litoral Norte, constituído em 1994, que agrega 426

(quatrocentos e vinte e seis) sindicalizados em todo o Litoral, dos quais 82 (oitenta e dois) em Caraguatatuba.

A representação da pesca artesanal é feita pela Colônia de Pescadores Z8 Benjamin Constant de Caraguatatuba, constituída em 16/08/1972 com 946 (novecentos e quarenta e seis) associados inscritos.

Os pescadores artesanais estão distribuídos entre a Associação de Pescadores Artesanais da Zona Sul de Caraguatatuba - ASSOPAZCA, constituída em 2000 com 30 (trinta) associados e a Associação de Pescadores da Praia do Camaroeiro constituída em 1998 com 65 (sessenta e cinco) associados.

Na zona sul de Caraguatatuba - Bairro Porto Novo - está sediada, também, a Associação Caiçara do Juqueriquerê - ACAJÚ - que tem como objetivos a preservação ambiental do Rio Juqueriquerê e da cultura caiçara, constituída em 2000 contando com 30 (trinta) colaboradores, muitos dos quais remanescentes de caiçaras e pescadores artesanais.

Os maricultores estão organizados e representados pela Associação de Maricultores da Praia da Cocanha, constituída no ano 2000 com 40 (quarenta) associados

 

1.4 Caracterização ambiental

Áreas de proteção

O Litoral Norte caracteriza-se por apresentar grande diversidade biológica e recursos naturais em abundância, contando com uma área de 1.977 Km2 correspondentes a menos de 1% do território do Estado, dos quais 1.674 Km² estão sob o domínio da Mata Atlântica.

Reúne um conjunto significativo de áreas naturais protegidas, classificadas como Unidades de Conservação da Natureza e áreas correlatas que recobrem a Serra do Mar ao longo da costa paulista.

O relevo é composto por encostas, morros, ilhas, montanhas, mangues e terrenos escarpados que avançam até o mar, dando origem a áreas extremamente acidentadas e de difícil acesso humano.

As regiões planas são formadas por um conjunto descontínuo de planícies onde as populações se aglomeram junto às praias dando origem aos núcleos urbanos ou se fixam em áreas mais distantes conhecidas como sertões onde predominam as atividades rurais.

Especificamente em Caraguatatuba o relevo é menos recortado do que nos outros municípios. Ao norte da planície costeira a escarpa volta a se aproximar e seus esporões mergulham no oceano.

A partir dessa planície costeira, em direção ao norte, formam-se a praia de Massaguaçú e pequenas planícies encravadas entre morros de baixa altitude.

No limite com Ubatuba, as encostas da Serra da Lagoa mergulham diretamente no mar formando a Ilha do Tamanduá.

Entre as unidades de conservação existentes na região destacam-se no municipio de Caraguatatuba as seguintes categorias:

Unidade de Conservação de Proteção Integral

Parque Estadual da Serra do Mar (decretos Estaduais nº. 10.251/77 e nº. 13.313/79)

Administração: Instituto Florestal/SMA

Área Total: 315.390

Unidade de Conservação de Uso Sustentável

Reserva Particular do Patrimônio natural – RPPN Sitio do Jacuí (portaria n º 52/01)

Área Total: 1,59 há

Administração Bernard Leduc (proprietário)

Outras Áreas Especialmente Protegidas

Área Natural Tombada (resolução nº. 40/85)

Administração: Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - CONDEPHAAT.

Área Total: 1.300.000

ANT Ilhas do Litoral Paulista (Resolução nº. 8/94 da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo)

Administração: Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico - CONDEPHAAT.

Reserva da Biosfera da Mata Atlântica – RBMA

Área total: 35.000.000

Administração: Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (CN-RBMA) e Comitês Estaduais da reserva da Mata Atlântica (CE-RBMA)

 

Impactos ambientais

Os impactos ambientais que interferem diretamente nas atividades da pesca artesanal, maricultura e agricultura são:

a) suscetibilidade do solo a processos erosivos naturais

b) processos erosivos causados por atividades humanas quais sejam:

- ocupação intensiva de áreas naturais com habitações irregulares

 - disposição inadequada de efluentes líquidos nos corpos d’água

- uso indisciplinado do solo;

- desmatamento;

- contaminação de cursos d’água

- assoreamento de canais e rios

- atividade portuária, petrolífera, de instalação de gás constituída de portos, dutos, depósitos

  (retro porto), aumento do trafego de carga pesada (containers) e transito de embarcações

  de grande calado)

 -desastres ambientais (vazamentos de óleo com comprometimento da vida marinha e

  qualidade das praias).  

. pesca predatória industrial com redução do estoque de recursos pesqueiros e de outras

  espécies

- incidência de doenças ambientais (dengue, parasitoses intestinais)

- desintegração e perda de identidade cultural caiçara

 

1.5 Dados agropecuários

 

Área total das UPAs: 11.070,90 hectares

Número de UPAs: 195

Módulo Rural: 2000 hectares (seg. dados do INCRA)

 

a. Estrutura Fundiária

Estrato

(ha)

UPAs

Área total

Nº.

%

ha.

%

0 – 10

111

56,92

441,20

3,98

10 – 20

33

16,92

489,40

4,42

20 – 50

30

15,38

993,40

8,97

50 – 100

11     

5,64

742,70     

6,71     

100 – 200

05     

2,56

671,10     

6,06     

200 – 500

03

1,54

839,10     

7,58    

500 – 1000

     

     

     

     

1000 – 2000

01

0,51     

 1.694,00    

15,30    

2000 - 5000

     

     

     

     

> 5000

01

0,51     

5.200,00     

 46,97    

Fonte: LUPA - Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo. Projeto LUPA 2007/2008. CATI/SAA (2008)

 

b. Ocupação do Solo

Descrição de uso do solo

N° de UPAs

Área (ha)

%

cultura perene

46

104,80

0,95

reflorestamento

04

5,70

0,05

vegetação natural

58,97

3.920,00

35,41

área complementar

191

357,90

3,23

cultura temporária

68

34,87

1,42

pastagens

153

6 339,90

57,27

área em descanso

48

184,30

1,66

vegetação de brejo e várzea

01

0,80

0,01

 

 

 

 

Fonte: LUPA - Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo. Projeto LUPA 2007/2008. CATI/SAA (2008)

 

 

c. Principais atividades agropecuárias

Principais Explorações Agrícolas

Área (ha)

UPAs

berinjela

19,7

19

banana

75,9

33

milho

16,9

05

mandioca

15,0

12

gengibre

11,1

05

pepino

7,4

06

pimentão

7,1

06

pimenta

5,7

08

palmito

5,7

03

abóbora

5,5

06

cana de açúcar

3,6

03

café

3,4

02

jiló

3,1

07

coco da bahia

3,0

03

chicória

2,3

04

feijão de corda

1,8

03

pomar doméstico

1,7

03

feijão vagem

1,7

04

outras culturas temporárias

8,3

02

outras olerícolas

32,4

21

outras frutíferas

19,6

08

viveiros de flores ornamentais

8,0

02

braquiária

4.751,0

10

outras gramíneas p/pastagem

1.515,4

131

capim gordura

63,5

13

capim napier

8,0

06

capim Jaraguá

2,0

01

eucalipto

1,7

02

Fonte: LUPA -  Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo. Projeto LUPA 2007/2008. CATI/SAA (2008)

 

 

Principais Explorações Pecuárias

Unidade

UPAs

bovinocultura de corte

10 557,0

Cabeças

05

bovinocultura de leite

378,0

Cabeças

12

bovinocultura mista

544,0

Cabeças

45

bubalinocultura

250,0

Cabeças

01

asininos e muares

2,0

Cabeças

02

avicultura para ovos

551,0

Cabeças

16

caprino cultura

22,0

Cabeças

02

eqüinocultura

186,0

Cabeças

54

ovinocultura

12,0

Cabeças

01

piscicultura (tanques)

30.000,0

M 2

01

suinocultura

352,0

Cabeças

29

Fonte: LUPA - Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária do Estado de São Paulo. Projeto LUPA 2007/2008. CATI/SAA (2008)

 

Principais Atividades Econômicas Não Agrícolas

Unidade

Nº Famílias envolvidas

turismo rural

10

10

10

turismo marítimo/fluvial

10

 

10

artesanato (utilização de matéria prima natural: fibras diversas, conchas)

100

 

100

plantas medicinais

15

-

15

 

d. Participação da Agropecuária na Economia Municipal

Segundo dados da Fundação SEADE (2006) o PIB de Caraguatatuba é de R$ 7.831,59.

A participação a agropecuária é de 0,72 no valor adicionado.

Não existem dados de pessoal ocupado por setor de atividade na agropecuária, silvicultura, exploração florestal e pesca.

 

e. Valor Bruto da Produção Anual da Agropecuária

Não há registro.

A atividade econômica – pesca, maricultura, agricultura – são na sua maioria informais e, portanto não contabilizadas.

 

Exploração

Produção Anual

Unidade

Valor da produção

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TOTAL – R$ 1.000

 

 

Fonte:

 

f. Identificação e descrição das principais cadeias produtivas

 

Produto

Fornecedores de insumos

Prestadores de serviço

Mão-de-obra

 

Canais de comercialização

Pescado

Comércio local/regional

Empresas de outros municípios da região

Empresas de São Paulo e outros Estados

 

 

 

Profissionais/Empresas locais (Carpintaria naval/ Estaleiros)

Empresas de outros municípios

 

 

 

Familiar

Mão de obra contratada (sazonal)

 

Entrepostos locais

Festas que constam do calendário da cidade

CEASA

Produtos agrícolas

(olerícolas)

 

Comércio local/regional

Empresas de outros municípios

Profissionais/Empresas locais

Empresas de outros municípios

 

Familiar

Mão de obra temporário-sazonal

Meeiros

 

 

 

 CEASA

 

Produtos agrícolas

(leite)

 

Comércio local/regional

Empresas de outros municípios

Profissionais/Empresas local-regionais

Empresas de outros municípios

 

 

Familiar

Mão de obra contratada

 

Cooperativa

Mariscos

Comércio local/regional

Empresas de outros municípios.

Profissionais/Empresas local-regionais

Empresas de outros município

 

Familiar

Mão de obra temporário-sazonal

Comércio local/ regional

Festas que constam do calendário da cidade

 

 

 

 

 

g. Infraestrutura da Produção nas Propriedades

 

Máquinas e Equipamentos

Qtde.

UPAs

arado comum

 

05

arado escarificador

 

11

arado subsolador

 

02

carregadeira de cana

 

01

conjunto de irrigação auto propelido

 

01

conjunto de irrigação convencional

 

04

conjunto de irrigação pivot central

 

02

Conjunto de irrigação gotejamento/micro

 

01

desintegrador de palha

 

01

desintegrador, picador, triturador

 

14

Ensiladeira

 

02

grade aradora (tipo romi)

 

01

grade niveladora

 

01

implementos para tração animal

 

01

micro trator

 

44

misturador de ração

 

01

pulverizador tratorizado

 

13

semeadeira/plantadeira - plantio direto

 

02

trator de esteira

 

03

trator de pneus

 

28

açude ou represa

 

06

almoxarifado/oficina

 

02

barracão p/ granja/avicultura

 

03

barracão/galpão/garagem

 

112

casa de moradia habitada

 

184

casa de moradia total

 

191

curral/mangueira

 

46

depósito/tulha

 

15

Estábulo

 

07

fabrica de farinha

 

02

instalação para eqüinos

 

01

Fonte: LUPA – SAA/CATI (2008)

 

Benfeitorias de Produção

Qtde.

UPAs

Pocilga

16

16

poço semi artesiano

1,0

02

silo p/silagem

26 toneladas

02

Terreiro

150,0

01

 

 

 

Fonte: LUPA – SAA/CATI (2008)

 

h. Infraestrutura e Serviços Públicos de Apoio à Produção/Processamento/ Comercialização (Pesca Artesanal/Maricultura e Agricultura)

 

Armazéns: inexistente

 

Patrulha agrícola: existente

 

Entrepostos: 03 (área da pesca/maricultura)

Entreposto do Porto Novo: 06 Box

Entreposto da Praia do Camaroeiro: 14box

Entreposto da Praia da Cocanha: 20 Box

 

Viveiros: inexistente.

 

Cozinha industrial: inexistente

Feira do Produtor: inexistente

 

Energia elétrica: Não atende a totalidade das propriedades localizadas na baixada do Juqueriquerê

 

Abastecimento de água: A maioria das propriedades rurais na baixada do Rio Juqueriquerê não são atendidas pela rede e servem-se de poço ou água dos canais com evidentes riscos de contaminação em decorrência da falta de tratamento da água, inexistência de mecanismos de proteção dos mananciais e das próprias características geohidrográficas.

 

Serviço de inspeção municipal: inexistente

 

Outros

Esgotamento sanitário: A maioria das propriedades não possuem rede de esgoto.

 

Coleta e destinação de resíduos sólidos: inexistente

A população rural indica que o Km 3 da Estrada do Rio Claro - baixada do Juqueriquerê - é local de depósito de lixo (produtos diversos descartados por supermercados, animais mortos, lixo doméstico, material de construção).   

Na área da pesca e maricultura os resíduos de peixe e mariscos são descartados no rio, mar e coletados pelo serviço de coleta do município

        

Sistema de telefonia: prestado pela Empresa Telefônica. Atende de forma insatisfatória em número e qualidade. Parte das propriedades utiliza-se do serviço de telefonia celular.

       

2.  Diagnóstico do Município

 

O diagnóstico do município teve por base aspectos que se referem, mais especificamente, às áreas da pesca artesanal, mariculltura e agricultura familiar

Para fins de análise identificaram-se aspectos fortes (forças propulsoras), fracos.

(forças restritivas) e ameaças, relacionados diretamente a essas atividades.

 

 

Pontos fortes (Forças propulsoras)

a) a identificação do município como Estância Balneária e pólo de atração turística;

b) a bio diversidade (mar e terra) que possibilita a exploração da pesca artesanal, maricultura e agricultura familiar e outras atividades relacionadas.

c) a cultura caiçara como patrimônio da população

d) o afluxo de pessoas em razão da instalação da base de gás, atividade petrolífera, da ampliação das atividades do Porto de São Sebastião.

 

 

Pontos Fracos (Forças Restritivas)

a) não controle efetivo da degradação das áreas naturais por atividades humanas irregulares

(crescimento desordenado, ocupação do solo e construção irregulares).

b) não controle dos processos erosivos (erosão laminar, desmonte da águas dos rios);

c) falta de ações efetivas de saneamento ambiental (precariedade e falta de saneamento básico, proteção de fontes e poços, limpeza de reservatórios, tratamento simplificado de água para uso doméstico, disposição de esgotos domésticos e de instalações para animais, disposição adequada do lixo domésticos e resíduos das atividades agrícolas, da pesca e da maricultura, controle de vetores).

d) aumento da incidência de doenças ambientais (dengue parasitoses intestinais);

e) aumento do índice de violência na área rural e nos espaços onde estão concentradas as

  atividades dos pescadores/maricultores;

f) falta de políticas de geração de emprego, trabalho e renda desvinculados das atividades sazonais (turismo).

g) investimento e foco do poder público municipal no turismo

h) pouca importância do poder público municipal dado às atividades econômicas da.

  pesca/maricultura e agricultura

i) morosidade nos encaminhamentos de providências de questões que interferem nas

  atividade da agricultura, pesca e maricultura (órgãos licenciadores/fiscalizadores)

j) precariedade e insuficiência de equipamentos sociais para atender a população local agravada pelo grande afluxo de pessoas nas temporadas;

 

Ameaças

a) impactos ambientais resultantes de obras diversas (Ampliação do Porto de São Sebastião, Instalação da Base de Gás, aumento do transito de grandes embarcações) com implicações na agricultura, pesca e maricultura).

b) degradação das áreas naturais (processos erosivos naturais, assoreamento de cais e rios, disposição inadequada de dejetos, lançamento de efluentes líquidos nos corpos d’água, poluição das águas) com redução e desaparecimento de recursos de toda ordem.

c) pesca industrial, predatória.

d) redução de estoques pesqueiros e de outras espécies;

e) não controle e fiscalização de cumprimento de leis ambientais e de zoneamento costeiro;

f) não disponibilização, pelo município de espaços, próprios para comercialização.

  de produtos da agricultura familiar/pesca artesanal e maricultura;

g) não estabelecimento de leis (municipais) que apóiem e fortaleçam a agricultura

   familiar/pesca artesanal, maricultura e atividades relacionadas (SIM, redução e incentivo fiscais).

h) inviabilidade econômica da atividade da pesca artesanal, maricultura e agricultura.

i) migração dos pescadores, maricultores e agricultores para outras atividades.

 

2.1 Análise das cadeias produtivas

 

Cadeia Produtiva 1 - Pesca artesanal

 

a. Aspectos econômicos, infraestrutura, sociais e ambientais.

 

Cadeia Produtiva

Pontos Positivos

Pontos Negativos

Forças

Oportunidades

Fraquezas

Ameaças

Pesca Artesanal

Número significativo de pescadores artesanais

 

Grande afluxo de pessoas ao local/região (Estância Balneária)

 

Organização dos pescadores

 

Ampliação de mercado/abertura de novos canais de comercialização

(merenda escolar, merenda institucional).

 

Agregação de valor ao produto

Inexistência do SIM

 

Não existência de espaço comum de comercialização

(Feira de agricultor, Mercado Municipal ou outro).

 

Degradação Ambiental

Perda de canais de comercialização

 

Inviabilidade econômica da atividade

 

Redução do estoque pesqueiro e de outras espécies

 

Inviabilidade da atividade

 

Empobrecimento do pescador

 

Migração para outras atividades

 

 

 

Cadeia Produtiva 2 - Maricultura

 

a. Aspectos econômicos, infraestrutura, sociais e ambientais.

 

Cadeia Produtiva

Pontos Positivos

Pontos Negativos

Forças

Oportunidades

Fraquezas

Ameaças

Maricultura

Viabilidade econômica do empreendimento

 

Volume de produção

 

Qualidade do produto

 

Grande afluxo de pessoas ao local/região

(Estância Balneária)

 

Organização dos maricultores

 

Agregação de valor ao produto

 

Ampliação/abertura de novos canais de comercialização

(merenda escolar, merenda institucional).

Inexistência do SIM

 

Não regularização da atividade econômica

 

Não existência de espaço comum de comercialização

(Feira de agricultor, Mercado Municipal ou outro).

 

Dificuldade de acesso e desenvolvimento de tecnologias que possibilitem agregação de valor ao produto

 

Degradação ambiental

Perda de canais de comercialização

 

Inviabilidade econômica da atividade

 

Perda de volume e qualidade do produto

 

Inviabilidade da atividade

 

Empobrecimento do maricultor

 

Migração para outras atividades

 

 

 

Cadeia Produtiva 3 - Agricultura

 

a. aspectos econômicos, infraestrutura, sociais e ambientais.

 

Cadeia Produtiva

Pontos Positivos

Pontos Negativos

Forças

Oportunidades

Fraquezas

Ameaças

Agricultura

 

(olerícolas)

Produção

Significativa/diversificada

 

Viabilidade econômica do produto.

 

Grande afluxo de pessoas ao local/região

(Estância Balneária)

 

Organização dos produtores e trabalhadores rurais

 

 

Agregação de valor ao produto

 

Ampliação/abertura de canais de comercialização

 (merenda escolar, merenda institucional).

Inexistência de serviço de assistência técnica

 

Não regularização da atividade econômica

 

Inexistência do SIM

 

Não existência de espaço comum de comercialização

(Feira de agricultor, Mercado Municipal ou outro).

 

 

Dificuldade de acesso e desenvolvimento de tecnologias que possibilitem agregação de valor ao produto

 

Degradação ambiental

 

Perda de canais de comercialização

 

Perda de produção e qualidade do produto

 

Inviabilidade da atividade

 

Empobrecimento do agricultor

 

Migração para outras atividades

 

 

Agricultura

(leite)

Produção

Significativa

 

Rebanho saudável

(defesa sanitária)

 

Viabilidade econômica do produto.

 

Grande afluxo de pessoas ao local/região

(Estância Balneária)

 

Organização dos produtores e trabalhadores rurais

 

Implantação do CATI Leite (maio)

 

Agregação de valor ao produto

 

Ampliação/abertura de canais de comercialização

 (merenda escolar, merenda institucional).

Inexistência de serviço de assistência técnica

 

Não regularização da atividade econômica

 

Inexistência do SIM

 

Não existência de espaço comum de comercialização

(Feira de agricultor, Mercado Municipal ou outro).

 

 

Dificuldade de acesso e desenvolvimento de tecnologias que possibilitem agregação de valor ao produto

 

Degradação

Perda de canais de comercialização

 

Perda de produção e qualidade do produto

 

Inviabilidade da atividade

 

Empobrecimento do agricultor

 

Migração para outras atividades

 

 

 

 

2.2 Análise geral do município

O município de Caraguatatuba classificado como Estância Balneária teve seu desenvolvimento favorecido por ocupar uma área geográfica estratégica, dado que se limita na costa sul com São Sebastião, na costa norte com Ubatuba, no lado do planalto com os municípios de Salesopólis, Paraibuna e Natividade da Serra e, pelo lado do mar com Ilhabela.

A posição centralizada de Caraguatatuba e sua localização em uma ampla planície favoreceram o pioneirismo de seu desenvolvimento urbano cujas características principais são a concentração de equipamentos turísticos no centro da cidade, onde ocorre o trafego de passagem em direção aos demais municípios do litoral Norte.

A infraestrutura no município começou a se tornar um problema técnico administrativo a partir dos anos 60/70 quando cresceu o interesse pelo turismo e ampliou-se o fluxo de população fixa e flutuante para a região, exercendo forte pressão sobre os serviços públicos de saneamento, habitação e transporte.

O turismo é considerado uma atividade econômica importante para o municipio tendo em vista os negócios que proporciona o número de empregos e renda que gera.

 No entanto essa atividade é também responsável pela destruição de áreas naturais, ocupação intensiva e irregular dessas áreas, disposição inadequada de resíduos sólidos, lançamento de efluentes líquidos nos corpos d'água sem o devido tratamento prévio, surgimento de doenças ambientais.

A atividade portuária e petrolífera e de instalação da base de gás, constituída de portos, dutos, depósitos, armazéns e transito de embarcações de grande calado, embora proporcionem a dinamização da economia local e ampliações das receitas municipais são responsáveis por inúmeros acidentes ambientais (vazamentos de óleo, comprometimento da vida marinha, diminuição de estoques pesqueiros, qualidade das praias).

 

2.3 Avaliação das dificuldades das principais cadeias produtivas

Cadeia produtiva

Dificuldades

Causas

Efeitos

Ações Propostas

Pesca artesanal

Degradação ambiental

 

 

 

 

 

 

 

Impossibilidade de agregação de valor ao produto

(conservação, processamento)

 

 

 

 

Informalidade da atividade

 

 

 

 

 

Perda de produção

 

 

Impactos ambientais resultantes de ações de atividade humana

 

Pesca predatória/

industrial

 

 

Não acesso a tecnologias

 

 

 

 

 

 

Não regularização da atividade econômica

 

Inexistência do SIM

 

Falta de infraestrutura de armazenagem, conservação e processamento.

Diminuição de estoques pesqueiros

 

Perda de produção e qualidade do produto

 

 

 

Restrições de canais de comercialização

 

Baixa competitividade

Inviabilidade da atividade

 

 

Empobrecimento do pescador

 

Atuação efetiva do CMDRP no sentido de propor políticas públicas de apoio e fortalecimento ás atividades das cadeias produtivas da pesca artesanal, maricultura.

 e agricultura familiar

 

 

 

Garantir que ações de desenvolvimento sustentável estejam enraizadas em processos locais de organização

(valorização da história e da cultura local como patrimônio das populações)

 

 

 

 

Desenvolver ações que estimulem a população a que se organize e participe ativamente das decisões que dizem respeito à sua comunidade, ao seu municipio e espaço público em geral.

 

Intervenções das organizações representativas dos pescadores artesanais junto aos órgãos públicos competentes para proceder a instituição e funcionamento do SIM

 

Ações, projetos conjuntos de organizações envolvidas com a pesca artesanal, maricultura agricultura com vistas à regularização da atividade econômica da pesca artesanal, agricultura e maricultura.

 

Maricultura

Degradação ambiental

 

 

 

Ação predatória de terceiros estranhos à atividade

 

Informalidade da atividade

 

 

 

 

Impossibilidade de agregação de valor ao produto

 

Perda de produção

 

 

Impossibilidade de agregação de valor ao produto

Impactos ambientais resultantes de ações de atividade humana

 

 

 

 

Não regularização da atividade econômica

 

Inexistência do SIM

 

Não acesso a tecnologias

 

 

 

 

Falta de infraestrutura de armazenagem, conservação e processamento.

Restrições de canais de comercialização

 

Perda da produção

 

Atuação efetiva do CMDRP

no sentido de propor políticas públicas de apoio e fortalecimento ás atividades das cadeias produtivas da pesca artesanal, maricultura.

 e agricultura familiar

 

Garantir que ações de desenvolvimento sustentável estejam enraizadas em processos locais de organização

(valorização da história e da cultura local como patrimônio das populações)

 

Desenvolver ações que estimulem a população a que se organize e participe ativamente das decisões que dizem respeito à sua comunidade, ao seu municipio e espaço público em geral.

 

 

Intervenções das organizações representativas dos pescadores artesanais junto a órgãos públicos competentes para proceder à instituição e funcionamento do SIM

 

Ações, projetos conjuntos de organizações envolvidas com a pesca artesanal, maricultura agricultura com vistas à regularização da atividade econômica da pesca artesanal, agricultura e maricultura.

Agricultura

Familiar

(olerícolas)

Degradação ambiental

 

 

 

Assistência Técnica

 

 

Informalidade da atividade

 

 

Escoamento da produção

 

Impossibilidade de agregação de valor ao produto

Impactos ambientais resultantes de ações de atividade humana

 

Perda de qualidade e produção

 

Não regularização da atividade econômica

 

Inexistência do SIM

 

Falta de infraestrutura de armazenagem, conservação e processamento.

 

Comprometimento das áreas agriculturáveis

 

Restrições de canais de comercialização

 

Perda de qualidade e produção

 

Inviabilidade da atividade

 

Empobrecimento do agricultor

Atuação efetiva do CMDRP no sentido de propor políticas públicas de apoio e fortalecimento ás atividades das cadeias produtivas da pesca artesanal, maricultura.

 e agricultura familiar

 

Garantir que ações de desenvolvimento sustentável estejam enraizadas em processos locais de organização

(valorização da história e da cultura local como patrimônio das populações)

 

Desenvolver ações que estimulem a população a que se organize e participe ativamente das decisões que dizem respeito à sua comunidade, ao seu municipio e espaço público em geral.

 

Intervenções das organizações representativas dos pescadores artesanais junto a órgãos públicos competentes para proceder à instituição e funcionamento do SIM

 

Ações, projetos conjuntos de organizações envolvidas com a pesca artesanal, maricultura agricultura com vistas à regularização da atividade econômica da pesca artesanal, agricultura e maricultura.

Agricultura

Familiar

(Leite)

Degradação ambiental

 

Assistência Técnica

 

Informalidade da atividade

 

Escoamento da produção

 

 

Impossibilidade de agregação de valor ao produto

Impactos ambientais resultantes de ações de atividade humana

 

Perda de qualidade e produção

 

Não regularização da atividade econômica

 

Inexistência do SIM

Comprometimento das áreas agriculturáveis

 

Restrições de canais de comercialização

 

Perda de qualidade e produção

 

Inviabilidade da atividade

 

Empobrecimento do agricultor

Atuação efetiva do CMDRP no sentido de propor políticas públicas de apoio e fortalecimento ás atividades das cadeias produtivas da pesca artesanal, maricultura.

 e agricultura familiar

 

Garantir que ações de desenvolvimento sustentável estejam enraizadas em processos locais de organização

(valorização da história e da cultura local como patrimônio das populações)

 

Desenvolver ações que estimulem a população a que se organize e participe ativamente das decisões que dizem respeito à sua comunidade, ao seu municipio e espaço público em geral.

 

Intervenções das organizações representativas dos pescadores artesanais junto a órgãos públicos competentes para proceder à instituição e funcionamento do SIM

 

Ações, projetos conjuntos de organizações envolvidas com a pesca artesanal, maricultura agricultura com vistas à regularização da atividade econômica da pesca artesanal, agricultura e maricultura.

 

 

 

2.4 Avaliação das oportunidades/potencialidades das principais cadeias produtivas

 

Cadeia Produtiva

Oportunidades/ Potencialidades

Por que não Explora

Efeitos da Exploração

Ações propostas

Pesca

Artesanal

Nº. significativo de pescadores

 

Diversidade de produtos

 

Valorização do produto no mercado

 

Inserção no mercado local

 

 

Inexistência de SIM

 

Não regularização da atividade econômica

 

Morosidade dos órgãos competentes em ações que fortaleçam e viabilizem a pesca artesanal.

Abertura de novos canais de comercialização

 

Consolidação de canais já existentes

 

Agregação de valor ao produto

 

Viabilidade da atividade

 

Melhoria econômica financeira do pescador

artesanal

 

Atuação efetiva do CMDRP

no sentido de propor políticas públicas de apoio e fortalecimento ás atividades das cadeias produtivas da pesca artesanal, maricultura.

 e agricultura familiar

(olericultura e leite)

 

Garantir que ações de desenvolvimento sustentável estejam enraizadas em processos locais de organização

(valorização da história e da cultura local como patrimônio das populações)

 

Desenvolver ações que estimulem a população a que se organize e participe ativamente das decisões que dizem respeito à sua comunidade, ao seu municipio e espaço público em geral.

 

 

 

Intervenções das organizações representativas dos pescadores artesanais junto a órgãos públicos competentes para proceder à instituição e funcionamento do SIM

 

Ações, projetos conjuntos de organizações envolvidas com a pesca artesanal, maricultura agricultura com vistas à regularização da atividade econômica da pesca artesanal, agricultura e maricultura.

 

Maricultura

Viabilidade social e econômica do empreendimento

 

Volume e qualidade

 

Valorização do produto no mercado

 

Inserção no mercado local

Inexistência do SIM

 

Não regularização da atividade econômica

 

Morosidade dos órgãos competentes em ações que fortaleçam e viabilizem a pesca artesanal e maricultura.

Abertura de novos canais de comercialização

 

Consolidação de canais já existentes

 

Agregação de valor ao produto

 

Melhoria da situação econômica financeira do maricultor

Atuação efetiva do CMDRP Atuação efetiva do CMDRP

no sentido de propor políticas públicas de apoio e fortalecimento ás atividades das cadeias produtivas da pesca artesanal, maricultura.

 e agricultura familiar

(olericultura e leite)

 

Garantir que ações de desenvolvimento sustentável estejam enraizadas em processos locais de organização

(valorização da história e da cultura local como patrimônio das populações)

 

Desenvolver ações que estimulem a população a que se organize e participe ativamente das decisões que dizem respeito à sua comunidade, ao seu municipio e espaço público em geral.

 

Intervenções das organizações representativas dos pescadores artesanais junto a órgãos públicos competentes para proceder à instituição e funcionamento do SIM

 

Ações, projetos conjuntos de organizações envolvidas com a pesca artesanal, maricultura agricultura com vistas à regularização da atividade econômica da pesca artesanal, agricultura e maricultura.

 

 

Agricultura

(olerícolas)

Diversificação de culturas

 

Melhoria da produtividade e qualidade dos produtos

 

Viabilidade social e econômica da agricultura familiar

 

Valorização do produto no mercado

 

Inserção no mercado local

Inexistência de assistência técnica especializada (engenheiro agrônomo/técnico agrícola)

 

Inexistência do SIM

 

Não regularização da atividade econômica

 

Morosidade dos órgãos competentes em ações que fortaleçam e viabilizem a agricultura familiar

Abertura de novos canais de comercialização

 

Consolidação de canais já existentes

 

Agregação de valor ao produto

 

Melhoria da situação econômica financeira do agricultor

 

Atuação efetiva do CMDRP

Atuação efetiva do CMDRP

no sentido de propor políticas públicas de apoio e fortalecimento ás atividades das cadeias produtivas da pesca artesanal, maricultura.

 e agricultura familiar

(olericultura e leite)

 

Garantir que ações de desenvolvimento sustentável estejam enraizadas em processos locais de organização

(valorização da história e da cultura local como patrimônio das populações)

 

Desenvolver ações que estimulem a população a que se organize e participe ativamente das decisões que dizem respeito à sua comunidade, ao seu municipio e espaço público em geral.

 

 

Intervenções das organizações representativas dos pescadores artesanais junto a órgãos públicos competentes para proceder à instituição e funcionamento do SIM

 

Ações, projetos conjuntos de organizações envolvidas com a pesca artesanal, maricultura agricultura com vistas à regularização da atividade econômica da pesca artesanal, agricultura e maricultura.

 

 

Agricultura

(leite)

Melhoria da produtividade e qualidade do produto

 

Viabilidade social e econômica do produtor

 

Valorização do produto no mercado

 

Inserção no mercado local

 

Inexistência do SIM

 

Não regularização da atividade econômica

 

Morosidade dos órgãos competentes em ações que fortaleçam e viabilizem a produção leiteira

Abertura de novos canais de comercialização

Consolidação de canais já existentes

 

Agregação de valor ao produto

 

Melhoria da situação econômica financeira do agricultor

 

Atuação efetiva do CMDRP

Atuação efetiva do CMDRP

no sentido de propor políticas públicas de apoio e fortalecimento ás atividades das cadeias produtivas da pesca artesanal, maricultura.

 e agricultura familiar

(olericultura e leite)

 

Garantir que ações de desenvolvimento sustentável estejam enraizadas em processos locais de organização

(valorização da história e da cultura local como patrimônio das populações)

 

Desenvolver ações que estimulem a população a que se organize e participe ativamente das decisões que dizem respeito à sua comunidade, ao seu municipio e espaço público em geral.

 

 

Intervenções das organizações representativas dos pescadores artesanais junto a órgãos públicos competentes para proceder à instituição e funcionamento do SIM

 

Ações, projetos conjuntos de organizações envolvidas com a pesca artesanal, maricultura agricultura com vistas à regularização da atividade econômica da pesca artesanal, agricultura e maricultura.

 

 

 

3. Diretrizes para o desenvolvimento municipal

Ordem

Diretrizes

Indicadores

Estratégias

Instituições envolvidas

01

Estabelecimento de políticas afirmativas que viabilizem e fortaleça a agricultura familiar/pesca/ artesanal e maricultura

Instituição do Sim

 

Disponibilização de espaço para comercialização de produtos locais

Intervenções das organizações representativas dos agricultores/trabalhadores rurais junto a órgãos públicos competentes para proceder à instituição e funcionamento do SIM

Colônia de Pescadores Z8

Associação dos Pescadores Artesanais da Zona Sul de Caraguatatuba

Associação dos Pescadores da Praia do Camaroeiro

Associação dos Maricultores da Praia da Cocanha

Associação de Produtores Rurais do Litoral Norte

Associação Caiçara do Juqueriquerê

Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Litoral Norte

Casa de Agricultura de Caraguatatuba - CATI/SA

Prefeitura Municipal de Caraguatatuba/Secret. Munic. Meio Ambiente Agricultura e Pesca

 

02

Recuperação de área degradada (Rio Juqueriquerê)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Enroncamento do Rio Juqueriquerê

 

Recuperação da área de mangue

 

Efetivo controle ambiental para inibir atividades humanas que ocasionem degradação ambiental

Intervenções das organizações representativas dos agricultores/trabalhadores rurais junto a órgãos públicos competentes para proceder a

 

- instituição e funcionamento do SIM

 

- controle ambiental

 

 

Colônia de Pescadores Z8

Associação dos Pescadores Artesanais da Zona Sul de Caraguatatuba

Associação dos Pescadores da Praia do Camaroeiro

Associação dos Maricultores da Praia da Cocanha

Associação de Produtores Rurais do Litoral Norte

Associação Caiçara do Juqueriquerê

Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Litoral Norte

Casa de Agricultura de Caraguatatuba - CATI/SA

Prefeitura Municipal de Caraguatatuba /Secret. Munic. Meio Ambiente Agricultura e Pesca

03

 Recuperação de área natural (preservação dos cursos de rios, canais).

Efetivo controle ambiental para inibir atividades humanas que ocasionem degradação ambienta

 

Programação de limpeza. dos canais

 

Intervenções das organizações representativas dos agricultores/trabalhadores rurais junto a órgãos públicos competentes

Colônia de Pescadores Z8

Associação dos Pescadores Artesanais da Zona Sul de Caraguatatuba

Associação dos Pescadores da Praia do Camaroeiro

Associação dos Maricultores da Praia da Cocanha

Associação de Produtores Rurais do Litoral Norte

Associação Caiçara do Juqueriquerê

Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Litoral Norte

Casa de Agricultura de Caraguatatuba - CATI/SA

Prefeitura Municipal de Caraguatatuba /Secret. Munic. Meio Ambiente Agricultura e Pesca

04

Recuperação de estradas vicinais

Programação de reparos e manutenção de estradas

Intervenções das organizações representativas dos agricultores/trabalhadores rurais junto a órgãos públicos competentes

Colônia de Pescadores Z8

Associação dos Pescadores Artesanais da Zona Sul de Caraguatatuba

Associação dos Pescadores da Praia do Camaroeiro

Associação dos Maricultores da Praia da Cocanha

Associação de Produtores Rurais do Litoral Norte

Associação Caiçara do Juqueriquerê

Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Litoral Norte

Casa de Agricultura de Caraguatatuba - CATI/SA

Prefeitura Municipal de Caraguatatuba /Secret. Munic. Meio Ambiente Agricultura e Pesca

 

05

Saneamento e gestão ambiental

Recuperação de matas nativas e ciliares

 

Controle e fiscalização de práticas nocivas

 (desmatamento, degradação do solo, contaminação de recursos hídricos controle de disposição de dejetos e outras).

Intervenções das organizações representativas dos agricultores/trabalhadores rurais junto a órgãos públicos competentes

Colônia de Pescadores Z8

Associação dos Pescadores Artesanais da Zona Sul de Caraguatatuba

Associação dos Pescadores da Praia do Camaroeiro

Associação dos Maricultores da Praia da Cocanha

Associação de Produtores Rurais do Litoral Norte

Associação Caiçara do Juqueriquerê

Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Litoral Norte

Casa de Agricultura de Caraguatatuba - CATI/SA

Prefeitura Municipal de Caraguatatuba /Secret. Munic. Meio Ambiente, Agricultura e Pesca

 

4. Planejamento da Execução

4.1 Iniciativas para o desenvolvimento rural em andamento

Prioridade

Nome

Instituições

Metas

Prazos

Recursos

Beneficiários

01

Regularização da atividade econômica do produtor

Organizações de representação dos pescadores – Colônia de Pescadores Z8

CA Caraguatatuba - CATI/SA

200

12 meses

 

 Colônia de Pescadores Z8 .

(Projeto auto sustentável)

 

 

 

Pescadores Artesanais

Maricultores

Agricultores

Artesãos

 

02

Capacitação e Qualificação profissional

 (tecnologias de aprimoramento e comercialização do produto)

Organizações de representação dos pescadores /agricultores/maricultores

CA Caraguatatuba _ CATI/AS

100

06

Próprios

Utilizando serviços da rede de organizações atuantes no local/região

(SENAR/).

Sindicato Rural/

CATI-SA

 

Pescadores Artesanais

Maricultores

Agricultores

 

 

 

 

 

03

Fortalecimento das organizações representativas dos

Pescadores artesanais, maricultores, agricultores e trabalhadores rurais.

Organizações de representação dos pescadores/

agricultores/

maricultores

CA Caraguatatuba - CATI

 

 

Próprios

Utilizando serviços da rede de organizações atuantes no local/região

 

Pescadores

Artesanais

Maricultores

Agricultores

Trabalhadores Rurais

 

Instituições envolvidas

 

. Associação de Pescadores da Praia do Camaroeiro.

. Associação dos Pescadores Artesanais da Zona Sul de Caraguatatuba

. Associação dos Produtores Rurais do Litoral Norte

. Associação de Maricultura da Cocanha

. Associação Caiçara do Juqueriquerê

. Colônia de Pescadores Benjamin Constant Z8 de Caraguatatuba

. Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Ubatuba e Litoral Norte

. CMDRP de Caraguatatuba

. Casa de Agricultura de Caraguatatuba/EDR Pindamonhangaba – CATI –SAA

. Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca - PM de Caraguatatuba

 

A Prefeitura Municipal e o Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e da Pesca de Caraguatatuba aprovam este Plano.

 

Antonio Carlos da Silva

Prefeito Municipal

 

Mauro Andrade

Presidente do CMDR