JOSÉ SIDNEY TROMBINI, Prefeito Municipal da Estância Balneária de Caraguatatuba, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei,
Considerando, que cultuar a memória das Pessoas que em vida prestaram inestimáveis à Comunidade é dever do homem público;
Considerando, que Caraguatatuba recentemente perdeu um filho ilustre muito mais que um homem sacerdote que devotou toda sua vida em favor dos menos favorecidos;
Considerando, que PADRE NIVALDO VICENTE DOS SANTOS é ilustre personalidade que a população de Caraguatatuba jamais se esquecerá,
DECRETA:
Artigo 1º Passa a denominar-se “PADRE NIVALDO VICENTE DOS SANTOS” a área situada de frente para a Avenida Rio Branco e delimitada por um lado pela Rua Deodato Alves da Cruz e de outro pela Rua Bertoudo Passos, em frente ao Cemitério Municipal.
Artigo 2º As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão por conta das verbas próprias do orçamento Municipal suplementadas se necessário.
Artigo 2º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Caraguatatuba, 12 de abril de 1995.
RICARDO ALI ABDALLA
SUPERVISOR LEGISLATIVO
Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Caraguatatuba.
+ PADRE NIVALDO VICENTE DOS SANTOS
Filho de Benedito Vicente dos
Santos e Maria Duarte dos Santos.
O casal teve 13 filhos que os
educou cristâmente: Luiz Vicente 08 Santos, José Vicente dos Santos, Maria de
Lourdes dos Santos Melo,viúva do professor Paulo de Melo, Monsenhor Benedito
Vicente dos Santos Junior, Presciliana dos Santos Garrido (Cilóca) esposa do
Sr. Marino Garrido residente nesta cidade, Esther Duarte dos Santos (em
religião Irmã Maria Suzana), Missionária de Maria Imaculada, Alaide dos Santos
Aguiar, viúva de Geraldo Aguiar residente em S. Paulo, Maria Aparecida Duarte
dos Santos (em religião) Irmã Maria Regina do Sagrado Coração falecida em S.
José dos Campos, João Vicente dos Santos, Edith D. dos Santos (falecidos);
Altino Vicente dos Santos comerciante residente em S. José dos Campos, Pedro
Djalma Vicente dos Santos Professor aposentado residente em Jacupiranga (o
caçula). Padre Nivaldo, o penúltimo dos irmãos foi criança muito calma, mansa e
obediente. Freqüentava a casa de descanso dos Padres Salesianos onde era
coroinha do Capelão P. Joaquim França, grande sacerdote e muito amigo da
família. Menino alegre e aluno muito estimado pelos seus e pelos professores,
tinha como amigo de todos os dias, o filho de sua professora Jacyra Baracho e o
Dr. Ariovaldo Baracho residente em S. José dos Campos. P. Nivaldo nasceu em 17
de agosto de 1927. Cursou o primário no Ginásio Dr. Olimpio Catão em S. José
dos Campos. Foi para o Seminário de Taubaté em 1942. Sendo filho de
Caraguatatuba passou para a Diocese de Santos e cursou o Seminário Maior em S.
Paulo. Fez teologia em S. Paulo no Colégio Assunção. Foi ordenado sacerdote no
dia 4 de novembro de 1956 pelo Nuncio Apostólico Dom Armando Lombardi, na
Catedral da Sé. Rezou sua 1ª Missa na terra natal, matriz do Padroeiro Santo
Antonio, em 11 de novembro desse mesmo ano, onde recebeu varias homenagens das
Autoridades e do Povo caiçara, inclusive um lindo cálice de prata para
consagração nas Santas Missas. Depois de ordenado sacerdote foi vigário em
Miracatú, em são Sebastiao onde ficou uns 8 anos passando depois para S.
Vicente e finalmente para o Cubatão durante 10 anos. P. Nivaldo era muito
estudioso e com grande satisfação fez 4 Faculdades: Filosofia, Pedagogia, Teologia
e Sociologia em Roma pela CISIC. Depois que P. Nivaldo foi para o Cubatão ele
disse para Irmã Maria Suzana: não vou mais lecionar em escola nenhuma, nem
faculdade, vou cuidar só da Igreja e dos pobres. No Cubatão era muito estimado
pelo povo e muito trabalhou pela Igreja e pelos pobres. Quando ficou doente as
visitas de Cubatão eram tão numerosas que foi preciso pedir para que as visitas
demorassem o mínimo possível para não cansá-lo, mas eram visitas que ele sentia
satisfação mesmo cansado. Recebeu também visitas o prefeito da cidade com sua
esposa e demais autoridades, chefes de Indústria, Médicos e advogados. Padres
que o visitaram nem se conta, entre tantos veio o vigário da longínqua Apial.
Piorando seu estado de saúde, foi levado para o hospital Pio XII onde faleceu 3
dias depois. O seu grande amigo professor Jorge e Da. Edna sua esposa,
visitaram-no muitas vezes, eles são fieis da Igreja N. Srª. da Lapa onde P.
Nivaldo era o Pároco. Quando souberam que P. Nivaldo estava mal, vieram como
amigos dedicados chegando 5 minutos após a morte e P. Nivaldo, que faleceu a 1
hora e 20 minutos do dia 1º de fevereiro, o Sr. Jorge mais uma vez mostrou a
Sua dedicação. Foi tratar do funeral e pedir a transferência para Cubatão. Lá o
corpo de P. Nivaldo foi velado na Matriz, repleta de fieis, das 8 até as 16 hs,
quando se iniciou a Santa Missa concelebrada por 30 Padres e o Sr. Bispo
Diocesano D. David Picão. Ao terminar a Missa o Sr. Bispo e todos os sacerdotes
presentes seguiram para Santos em carro especial com 10 batedores à frente e 3
carros repletos de coroas, até o Memorial.