Autor: Vereador Cristian Alves de Godoi
ANTONIO CARLOS
DA SILVA, Prefeito Municipal da Estância Balneária de Caraguatatuba, usando das
atribuições que lhe são conferidas por Lei, FAZ SABER que a Câmara Municipal
aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:
Artigo 1º Denomina de
“ZUMBI DOS PALMARES” a Rua “Projetada” que inicia na Rua Tocantins e termina em
propriedade particular, localizada no Bairro Massaguaçu
Artigo 2º Ficam fazendo partes integrantes desta Lei a justificativa e o
croqui de localização, em anexo.
Artigo 3º O Poder
Público Municipal comunicará a nova denominação às Concessionárias de Serviços
Públicos, às Associações dos Oficiais de Justiça, aos Taxistas e aos Cartórios
do Município.
Artigo 4º Esta Lei entra
em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Caraguatatuba, 10 de junho de 2009.
Este texto não substitui o original publicado e arquivado
na Prefeitura Municipal de Caraguatatuba.
ZUMBI DOS PALMARES, guerrilheiro negro brasileiro nascido em
um dos mocambos do quilombo de Palmares, o líder mais famoso desse famoso
quilombo e cuja vida tornou-se envolta em mitos e discussões. Descendente dos
guerreiros imbangalas ou jagas,
de Angola, com poucos dias de vida foi aprisionado pela expedição de Brás da
Rocha Cardoso e dado ao padre Antônio Melo em Porto Calvo (1655).
Batizado como Francisco, cresceu demonstrando uma inteligência privilegiada e favorecido pela admiração do
padre, aos 10 anos já sabia português e latim e aos 12 era coroinha. Aos 15
anos fugiu da casa do padre para voltar a Palmares, onde adotou o nome de Zumbi
e passou a trabalhar na liderança dos quilombeiros.
Participou da batalha em que a expedição de Jácome
Bezerra foi derrotada (1673)
Três anos depois, em um combate contra as tropas de Manuel
Lopes Galvão, foi ferido com um tiro na perna (1676).
Revoltado com a assinatura de um acordo de paz (1678), rompeu com Ganga-Zumba e foi
aclamado Grande Chefe pelos revoltosos que não aceitaram o acordo. Atacado
pelas tropas lideradas por Domingos Jorge Velho (1694), foi baleado, mas
conseguiu fugir espetacularmente. Um ano depois reapareceu e com cerca de 2000 palmarinos voltou a atacar povoados em Pernambuco,
especialmente para conseguir armas e munições. No entanto, em um dos ataques,
um de seus grupos foi derrotado, e o seu comandante, Antônio Soares foi preso
(1695)
Após ser torturado pelo bandeirante e mercenário paulista
André Furtado de Mendonça, este lhe ofereceu a liberdade em troca da revelação
do esconderijo de Zumbi e, em 20 de novembro daquele ano, Soares levou Mendonça
até o esconderijo, na Serra Dois Irmãos.
Conta-se que ao ver Soares, o grande chefe dos revoltosos
foi abraçá-lo, mas foi recebido com uma punhalada no estômago. Os paulistas
atacaram e o rebeldes presentes foram mortos. Seu
corpo, perfurado por balas e punhaladas, foi levado a Porto Calvo, onde sua
cabeça foi decepada e enviada para Recife, que por ordem do governador foi
espetada em um poste para exposição pública até sua total decomposição. O dia
20 de novembro tornou-se o Dia da Consciência Negra.
Sala “Benedito Zacarias Arouca”, 06 de abril de 2009.
Caraguatatuba, 10 de junho de 2009.
Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Caraguatatuba.