LEI Nº 2029, DE 02 DE JULHO DE 2012

 

Denomina de “ELZA AROUCA” a Rua K1, no Loteamento Balneário Mar Azul, Praia das Palmeiras.

 

Autor: Vereador Cristian Alves de Godoi.

 

ANTONIO CARLOS DA SILVA, PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CARAGUATATUBA, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:

 

Art. 1º Denomina de “ELZA AROUCA” a Rua “K1”, que inicia na Avenida Inácio Batista de Faria, no Loteamento Balneário Mar Azul e termina na Avenida Domingos Martins Cabrera, no Loteamento Balneário Recanto do Sol, Bairro Praia das Palmeiras.

 

Art. 2º Fica fazendo parte integrante desta Lei a justificativa e o croqui de localização anexos.

 

Art. 3º O Poder Executivo comunicará a nova denominação às Concessionárias de Serviços Públicos, às Associações dos Oficiais de Justiça, aos Taxistas e Cartórios do Município.

 

Art. 4º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

 

Caraguatatuba, 02 de julho de 2012.

 

ANTONIO CARLOS DA SILVA

PREFEITO MUNICIPAL

 

Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Caraguatatuba.

 

JUSTIFICATIVA

 

ELZA AROUCA, Caraguatatubense, nascida em 03 de junho de 1924, filha de tradicional família caiçara, sua mãe a Sra. Pedrina Borges Arouca e seu pai o Sr. Benedicto Zacharias Arouca, ex-prefeito do Município e homenageado com seu nome perpetuado no Salão Nobre do Legislativo.

 

Dona Elza ou Tia Elza como era carinhosamente chamada pelos amigos, ingressou na carreira profissional, sendo funcionária pública por mais de trinta anos, Chefiando o Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura, até a data de sua aposentadoria.

 

Tia Elza era muito conservadora e caseira, gostava de passar seus merecidos dias de aposentadoria cuidando do jardim, até quando a saúde lhe permitiu, delegava os afazeres domésticos e sempre adorava fazer leituras da Bíblia. Evangélica de longos anos, detentora de uma fé inabalável, que complementava sua conduta e caráter inquestionável.

 

Uma pessoa muito caridosa, amiga, companheira, preocupava-se mais com as necessidades dos outros do que com a sua, querida e respeitada por todos que a conheciam.

 

Por opção, decidiu abrir mão de uma vida a dois, nunca se casou. Nem por isso deixou de ser igualmente feliz, pois estava sempre rodeada de parentes (irmãos, sobrinhos, cunhados e amigos), Tia Elza tinha grande facilidade em criar vínculos de amizade, apesar de ser reservada.

 

Dotada de um coração bondoso, viu o bem em adotar uma menina de 7 anos de idade, sua filha de coração Anézia Aparecida Arouca, que seguiu os caminhos da família, funcionária pública da rede municipal de ensino no cargo de Professor de Educação Básica I – Educação Infantil.

 

Na Igreja Evangélica Assembleia de Deus, ocupou funções de lideranças e era vista com muito respeito pelos membros, sendo afetuosamente lembrada até os dias de hoje.

 

Dona Elza tinha um dom todo especial para aconselhar aos mais jovens, tinha uma visão crítica e enxergava além daquilo que podemos ver.

 

Viveu por toda sua vida na mesma casa, a qual foi construída pela família num ponto estrategicamente bem alocado próxima ao centro comercial da cidade e ao lado praticamente da Prefeitura e da Câmara Municipal.

 

Muito meticulosa e ordeira, mantinha a casa impecavelmente organizada e este mesmo espírito de ordem contagiava a todos que a rodeavam.

 

Todavia, com o passar dos anos e o avanço da idade foi aos poucos abrindo mão (forçadamente) de seus hábitos voluntários que requeriam certo esforço físico. Infelizmente a saúde já não lhe permitia e seu corpo dava sinais de cansaço para acompanhar o ritmo frenético a que sempre esteve acostumada.

 

Os membros da igreja aos poucos passaram a sentir a ausência da “Irmã Elza”, que sempre sentava no mesmo assento nos cultos e na Santa Ceia (data de maior importância no calendário evangélico). Foi então que após visita a residência da Irmã Elza, que  os membros e o próprio Pastor da Igreja resolveram a se deslocarem para levar o pão e o vinho todos os dias posteriores a celebração da Santa Ceia, que aconteceu por vários anos. O que importa não é o trabalho, mas sim que a Irmã Elza participasse conosco.

 

Quando somos pequenos não compreendemos os “porquês” de muitas coisas, mas com nosso amadurecimento, vamos entendendo que a vida segue um curso natural que não permite desvios bruscos. Todos nós passamos por experiências próprias, mas temos em comum três experiências únicas: NASCER, VIVER e MORRER.

 

Nascemos para renovar o espírito do mundo. Vivemos para realizar obras que podem mudar o mundo e morremos para eternizar estas obras, dando espaço a  novas vidas que virão para dar continuidade a este círculo infinito.

 

Elza Arouca faleceu no dia 11 de junho de 2011, deixando enormes saudades e lembranças nos corações das pessoas que tiveram a oportunidade ímpar de desfrutar de sua companhia.

 

Fica as lições de vida e exemplos de conduta, uma trajetória de responsabilidade e de amor com o próximo.

 

Com certeza ela cumpriu seu propósito na Terra, nasceu, contribuiu e eternizou sua marca. Fez inúmeros amigos e admiradores, escreveu sua própria história.

 

Na certeza de se fazer justiça com esta pessoa tão querida junto a comunidade, procuramos por meio desta propositura, cumpridas as formalidades regimentais, perpetuar o nome de ELZA AROUCA, em uma via pública de nosso Município.Sala "Benedito Zacarias Arouca", 10 de abril de 2012.”CRISTIAN ALVES DE GODOI-VEREADOR.”