LEI Nº 2.244, DE 16 DE SETEMBRO DE
2015
“DECLARA DE
UTILIDADE PÚBLICA A ASSOCIAÇÃO SANTA EDWIGES DE AÇÃO SOCIAL, COM SEDE NO BAIRRO
PORTO NOVO, EM CARAGUATATUBA-SP.”
Autor: Ver. José Mendes de Souza Neto.
ANTONIO CARLOS DA SILVA, PREFEITO
MUNICIPAL DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE CARAGUATATUBA, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei, FAZ SABER que a
Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:
Art. 1º Fica o Poder Executivo
autorizado a declarar de Utilidade Pública a ASSOCIAÇÃO SANTA EDWIGES DE AÇÃO
SOCIAL, devidamente inscrita no CNPJ sob nº 05.497.233/0001-65, localizada na
Rua Itamar Hard Abubakir,
nº 260, Bairro Porto Novo, nesta cidade de Caraguatatuba –SP.
Art. 2º Ficam fazendo partes integrantes
desta Lei cópias dos documentos e a justificativa anexa, conforme a Lei 1244, de 20 de janeiro de 2006.
Art. 3º As despesas decorrentes da
execução da presente Lei correrão por conta de verbas próprias do orçamento
vigente, suplementadas se necessário.
Art. 4º Efetivada a declaração de
Utilidade Pública, cópia do Decreto respectivo será enviada à Câmara Municipal,
no prazo de dez dias, para complementação processual.
Art. 5º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas
as disposições em contrário.
Caraguatatuba, 16 de setembro de 2015.
ANTONIO CARLOS DA SILVA
Prefeito Municipal
Este
texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de
Caraguatatuba.
JUSTIFICATIVA:
A Associação Santa Edwiges, com sede no Município de Caraguatatuba – SP
à Rua Itamar Hard Abubakir,
nº 260, Bairro do Porto Novo, é uma entidade civil de direito privado, sem fins
lucrativos, com duração por tempo indeterminado e número ilimitado de associados.
Possui natureza jurídica através de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas – CNPJ sob nº 05.497.233/0001-65. Regida por estatuto próprio e
registrada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas de Caraguatatuba – SP, sob nº
43.642, de 04 de março de 2013.
Caraguatatuba é uma
estância balneária e como tal apresenta desafios referentes à temporalidade da
oferta de empregos. As ofertas de trabalho são em sua maioria atreladas ao
turismo, que hoje representa uma das maiores fontes diretas e indiretas dos
empregos ofertados.
Além disso, o número de
indústrias instaladas no município é pequeno e o comércio, apesar de bem
desenvolvido, não consegue manter postos de trabalho suficientes para empregar
toda a demanda. Também, muitas destas pessoas não possuem uma formação
profissional adequada para suprir as necessidades das empresas. Assim, grande
parte de indivíduos destas famílias pertencem à população economicamente ativa
desempregada ou, ainda, com baixa remuneração.
Diante desta realidade, vê-se
a necessidade
de desenvolver ações sociais voltadas às pessoas economicamente carentes.
Também é urgente a necessidade de desenvolver nesta população uma consciência
ambiental, preparando-os para a preservação e para a diminuição dos impactos
agressivos ao meio ambiente, mas, principalmente, fornecendo-lhes ferramentas
para desenvolverem alternativas de geração de renda e melhoria das condições de
vida e cidadania.
Em março de 2001, Dona lolanda, Ana Alice, Lucia e algumas amigas através do
trabalho que faziam na Pastoral da Criança nos Bairros Perequê-Mirim
e Barranco Alto, vendo a necessidade e carências das famílias destes bairros,
resolveram distribuir sopa duas vezes por semana, com o intuito de minimizar o
problema da falta de alimentação.
Com a distribuição do sopão, como ficou conhecido faziam também um trabalho de
orientação e incentivo do aproveitamento Integral dos alimentos, evitando
assim, o desperdício. Também orientavam e conscientizavam sobre a preservação do meio
ambiente, visando ações práticas para diminuição do custo de vida, reduzindo
gastos para economizar e estimulando o respeito e a proteção ao meio ambiente.
Através deste trabalho
ganhavam muitas roupas usadas para doação, mas como a consciência de muitos moradores
em melhores condições doavam muitas peças, e mesmo após a distribuição, sempre sobravam muitas
peças que seriam descartadas.
Para evitar que as roupas
descartadas fossem para o lixo, viu-se a necessidade de ensinar às famílias favorecidas pelo sopão a reciclar e customizar os descartes. Foi proposto
a princípio que seriam feitos tapete (fuxico e amarradinho), bolsas e
almofadas.
O
trabalho começou a ser feito na casa de uma voluntária onde também era
preparado o sopão. Dispondo de apenas duas máquinas
de costura, Dona lolanda, Glória e Edite começaram a
ensinar as mulheres a confeccionar bolsas com as pernas das calças jeans e
confeccionar tapetes e almofadas.
Com
o aumento da demanda e pouco espaço físico, poucos recursos financeiros e
também pouco pessoal, e com o propósito de melhorar e continuar este trabalho
foi planejado o projeto “Companhia Fuxico de Trapo”.
Através
deste projeto foi possível resgatar o hábito de reformar roupas e mostrar que o
vestir-se pode estar relacionado mais com a criatividade do que com recursos
financeiros.
Para
isto foi necessário, através das oficinas atuar na sensibilização de adultos e
adolescentes para as questões do universo da costura e do artesanato. A
inovação do projeto está caracterizada na sua forma de atuação, pois pretende
não “doar o peixe, mas desenvolver técnicas apropriadas para ensinar a
pescá-lo”; isto é, conhecendo a cultura e a realidade local e, a partir daí,
desenvolver uma atividade partilhada com a comunidade.
Propõe-se
com estas ações, a preparação para o trabalho voltado ao empreendedorismo, a
educação, a preservação ambiental e o aproveitamento de rejeitos, reciclando-os
e transformando-os numa fonte de renda para a classe mais carente da população.
Objetivo Geral
Desenvolver
ações para comunidade que se utiliza da coleta de material reciclável para
geração de novas fontes de renda e trabalho.
Objetivos específicos
Conscientizar
a comunidade participante do projeto para melhor aproveitamento de materiais
recicláveis como forma de preservação do
meio ambiente.
Dar
melhores condições de saúde e de recursos é possível também adicionar doses
consistentes de conhecimentos em forma de trabalho e de cidadania. Trabalhos
como este deveriam acontecer em todos os lugares onde pessoas carentes somente
tem contato com preconceito e marginalização. Uma associação que tem
voluntários organizados de forma legal merece a condição de utilidade pública,
proposta que aqui apresento aos Nobres Pares desta Casa de Leis. Sala “Benedito Zacarias Arouca”, 10 de agosto de 2015. José Mendes de Souza
Neto-Vereador Neto Bota”