LEI Nº 2.622, DE 20 DE JULHO DE 2022

 

Autor: Ver Cristian Oliveira de Souza.

 

“Denomina-se de Praça José Mariano de Oliveira, a área pública que se inicia na Rua Benedita Alves Cruz e termina na Rua Independência, sob identificação 01.170.009, integrante do Loteamento Jardim Arouca”. 

 

JOSÉ PEREIRA DE AGUILAR JUNIOR, PREFEITO DO MUNICÍPIO DA ESTÂNCIA BALNEÁRIA DE CARAGUATATUBA, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:

 

Art. 1° Fica denominada de “Praça José Mariano de Oliveira", a área pública que se inicia na Rua Benedita Alves Cruz e termina na Rua Independência, sob identificação 01.170.009, integrante do Loteamento Jardim Arouca.

 

Art. 2° Fica fazendo parte integrante desta Lei a justificativa e croqui de localização, anexos.

 

Art. 3° O Poder Público Municipal comunicará a nova denominação às concessionárias de serviços municipais, às associações dos oficiais de justiça, aos taxistas e aos cartórios do Município.

 

Art. 4° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

 

Caraguatatuba, 20 de julho de 2022.

 

JOSÉ PEREIRA DE AGUILAR JUNIOR

Prefeito Municipal

 

Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Caraguatatuba.

 

 “JUSTIFICATIVA: 

 

José Mariano de Oliveira nasceu em 12 de junho de 1915 na cidade de Silveiras/SP, filho de Thereza de Oliveira e Antonio Pereira de Oliveira. Sem formação escolar, não sabia ler ou escrever, apenas tinha assinatura e conhecia matemática de forma experimental.

Em 1932 participou da Revolução Constitucionalista, com apenas 17 anos, serviu em tropa direcionada para Rezende (RJ).

Posteriormente, trabalhou em empreiteiras de construção civil em São Paulo (Aeroporto de Congonhas e Jockey Club). Foi pedreiro e comerciante em Mogi das Cruzes (tinha que lidar com números para executar medições e cobrar e devolver trocos).

Trabalhou também, em fábrica têxtil de Guaratinguetá, na abertura de estradas estaduais (São Paulo e Rio de Janeiro), e com carvoaria nas proximidades da cidade de Mogi das Cruzes e, também em Caraguatatuba, no Bairro do Rio do Ouro.

No ano de 1942, casou-se com Ilda Rodrigues de Oliveira e tiveram 10 filhos: Marinéia (in memorian), Dirce Paes, José Mariano, Antonio Mariano, Elias de Oliveira (in memorian), Marina (in memorian), Nelson Mariano, Carlos Roberto, Norma Regina e Marcos Mariano.

Chegou em Caraguatatuba em 1958, onde morou nos Bairros: Jaraguá, Rio do Ouro, Maranduba (Ubatuba), Estrela D`alva, Ipiranga e por fim, com a ajuda de amigos, no Benfica (centro da cidade).

Na tragédia que assolou a nossa cidade em 67, também teve a casa alagada e parcialmente destruída. Foi então, obrigado a procurar abrigo e foi amparado, junto com a família, pelos vizinhos.

Além de “herói de guerra Constitucionalista”, outro ato heroico ocorreu durante a tragédia causada pela Tromba D´água de 67, em Caraguatatuba. Enquanto a água que escorria da Serra do Mar, juntamente com destroços (pedras, lama, troncos de árvores, animais e até pessoas mortas) traziam o terror para a pequena e pacata cidade, o simplório Zé Mariano não se furtou de sua obrigação como ser humano em ajudar a quem pudesse. Com sua família a salvo, na medida do possível, arriscou-se cidade afora.

Honrou Deus, mais uma vez, esse herói anônimo que, em determinado momento avistou, em meio a tanta destruição, um tronco flutuante com alguns panos por sobre, o que lhe chamou a atenção. Mesmo em meio a tanta correnteza e todo cenário de destruição, que poderiam facilmente lhe fazer passar aquilo desapercebido, saltou para aquele pedaço de madeira tirando dali uma criança, ainda viva e com chupeta na boca.

Trabalhou para a Prefeitura Municipal como operador e guarda da nossa antiga Fonte Luminosa.

   

Também trabalhou como leiteiro e carvoeiro no Rio do Ouro onde era conhecido como “Zé Mariano”.

Já morando no Bairro do Benfica, plantava milho e feijão na encosta do morro do Rio do Ouro. Com seu espírito humilde e solidário, sempre que colhia, mesmo com as dificuldades financeiras, não se furtava em compartilhar a colheita com todos os vizinhos.

Seu Falecimento ocorreu em 20 de setembro de 1974.

E assim, a família do simples José Mariano, juntamente com os esforços de sua companheira Ilda, frutificou em filhos, netos, bisnetos e tataraneta (hoje ainda pequena) que, a exemplo de sua dedicação, esforço, trabalho e honestidade cresceram, têm famílias tanto no Litoral Norte quanto no Vale do Paraíba e Guarulhos.

Dos filhos que constituíram família, em ordem de nascimento:

• Dirce Mariano de Oliveira: 06 netos, 05 bisnetos e 01 tataraneta;

• José Mariano de Oliveira: 02 netas;

• Antônio Mariano de Oliveira: 04 netos e 03 bisnetos;

• Elias Mariano de Oliveira (in memorian): 02 netos e 02 bisnetos;

• Nelson Mariano de Oliveira: 02 netos;

• Carlos Roberto de Oliveira: 04 netos e 05 bisnetos;

• Norma Regina de Oliveira: 01 neta e 02 bisnetos

• Marcos Mariano de Oliveira: 03 netos.

Uma família vitoriosa, em Deus, com filhos em diversas funções sociais contribuindo para a construção de um País forte e solidário por natureza: mestras do lar, gerente de banco, funcionários da Petrobrás, Oficial da Força Aérea Brasileira, Mestre Matemático e Psicopedagoga. Daí, já os netos, bisnetos e tataraneta tendo “um norte” para se inspirarem e também contribuírem para a construção de famílias e sociedade melhor.

Fica do seu maior legado “Um homem honrado, que nunca jurou com palavras... ele as praticou com ações, promovendo atitudes” (Nadir Anne Ribeiro).

 

Sala “Benedito Zacarias Arouca”, 06 de junho de 2022.

 

CRISTIAN OLIVEIRA DE SOUZA

VEREADOR - CRISTIAN BOTA”

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