LEI Nº 543, DE 10 DE ABRIL DE 1996

 

AUTORIZA o Poder Executivo a regularizar construções clandestinas que especifica

 

JOSÉ SIDNEY TROMBINI, Prefeito Municipal da Estância Balneária de Caraguatatuba, usando das atribuições que lhe são conferidas por Lei, FAZ saber que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei:

 

Artigo 1º Fica o Poder Executivo autorizado a regularizar as construções clandestinas.

 

Artigo 2º O proprietário ou promitente comprador, cujo título respectivo contenha cláusula de irretratabilidade, deverá requerer a regularização da obra, apresentando na oportunidade a planta da obra, memorial descritivo de acordo com os padrões determinados pela Secretaria de Urbanismo, elaborados por profissional habilitado.

 

Parágrafo único - Construções consideradas declaradamente populares e de proprietários de “baixa renda” ficam isentas de apresentação de planta e memorial descritivo assinado por profissional habilitado.

 

Artigo 3º Para usufruir dos benefícios desta Lei, o terreno onde situe a edificação deverá estar regularizado perante a Prefeitura.

 

Artigo 4º Ficam excluídos dos benefícios desta Lei:

 

I - As construções em ruínas ou em mau estado de conservação;

 

II - As construções que interfiram no sistema viário ou na implantação de logradouros e edifícios públicos;

 

III - As construções que não satisfaçam condições mínimas de habitabilidade, higiene, segurança, prejudiquem as construções vizinhas e também aquelas que não tenham condições de obter alvará ou “habite-se”, a critério da Administração Municipal, estribado em parecer da Coordenadoria de Planejamento Urbano.

 

Artigo 5º A Prefeitura Municipal aprovará o projeto após a tramitação normal do mesmo junto aos órgão municipais, federais e estaduais quando o projeto assim o exigir.

 

Artigo 6º Aprovado o respectivo projeto, a Prefeitura expedirá:

 

I - Para a hipótese de ainda não ter sido o prédio habilitado, o respectivo “habite-se”, mencionando expressamente, que se trata a edificação antiga, constatando o período aproximado, visando resguardar o interesse público;

 

II - Em se tratando de prédio já habitado, a Prefeitura expedirá alvará de regularização, o qual, para todos os efeitos, inclusive legais, eqüivalerá ao “habite-se”.

 

Artigo 7º O alvará de regularização e/ou “habite-se” será expedido após o recolhimento aos cofres municipais da multa equivalente aos valores fixados no grupo 1 (um), de multas estabelecidos pela Lei nº 1144, de 06/11/1980, alterado pelos artigos 49 e 50 da Lei nº 1361/85, convertido em Unidade Fiscal do Município que será arbitrada no processo de regularização pelo Secretário da Secretaria de Urbanismo, pagas as demais despesas administrativas e tributos devidos.

 

§ 1º As construções executadas em data anterior à vigência da Lei 969, de 11/08/1975, devidamente comprovadas em levantamento cadastral, poderão ser regularizadas a pedido dos proprietários ou após intimação da Prefeitura, ficando isentas das multas previstas neste artigo.

 

§ 2º Nos casos de comprovada boa fé ou falta de recurso do infrator, as multas serão reduzidas a valores que ficarão a critério do Prefeito.

 

Artigo 8º Quando a edificação tiver finalidade pública, social, comunitária ou religiosa, ficará dispensada do dispositivo no artigo anterior.

 

Artigo 9º Os benefícios previstos nesta Lei não subtraem da Administração o direito de, exercitando seu regular poder de policia, determinar a demolição de construção que permaneçam como clandestinas pela ausência de iniciativa dos seus proprietários em legaliza-las, após decorrido o prazo da notificação, ou ainda, quando a situação peculiar de cada caso não admitir a regularização.

 

Artigo 10 A regularização da edificação efetuada por esta Lei não implica na regularização do uso dado ao imóvel.

 

Artigo 11 Poderá também usufruir dos benefícios desta Lei o possuidor a qualquer título, desde que o imóvel esteja cadastrado na Prefeitura para fins de lançamento do Imposto Sobre Propriedade Predial e Territorial Urbano - IPTU- , em seu nome.

 

Artigo 12 Fica também a critério do chefe do Poder Executivo, decretar outras medidas e fazer regularização, desta Lei, com relação à matéria visando favorecer os proprietários e próprio Municipal.

 

Artigo 13 Esta Lei expirará em 180 dias após sua publicação, data em que entrará em vigor.

 

Caraguatatuba, 10 de abril de 1996.

 

José Sidney Trombini

Prefeito Municipal

 

Este texto não substitui o original publicado e arquivado na Prefeitura Municipal de Caraguatatuba.